quinta-feira, 25 abril, 2024 00:13

MATÉRIA

Brasil fica fora da Copa das Confederações após 20 anos

A derrota no dia 27 de Junho para o Paraguai e a precoce eliminação nas quartas de final da Copa América fará o Brasil interromper longa sequência de participações na Copa das Confederações. Em 2017, a seleção pentacampeã mundial não estará presente no torneio pela primeira vez em duas décadas.

O único modo de chegar ao torneio seria vencendo a Copa América. Em 2013, na última edição, embora não tivesse sido campeão sul-americano dois anos antes, era o país-sede da competição. Antes, já havia disputado em sequência as edições de 2009, 2005, 2003, 2001, 1999 e 1997. Ao todo, são quatro títulos das Confederações (1997, 2005, 2009 e 2013). As únicas vezes em que a Seleção não foi uma das participantes foram em 1992 e 1995.

Daqui a dois anos, na Rússia, o representante da América do Sul poderá ser Paraguai, Argentina, Chile ou Peru, os quatro times sobreviventes na atual edição da Copa América.

Brasil não amedronta rivais e perde prestígio, diz imprensa europeia

Eliminada da Copa América nas quartas de final, a seleção brasileira foi alvo de análises críticas da imprensa europeia nesta segunda-feira. Em tom pessimista, o jornal francês L’Équipe e o periódico espanhol Marca apontam que o time de Dunga tem diversas razões para acreditar que o futuro a curto prazo não será melhor.

Eliminado nos pênaltis pelo Paraguai no último sábado, o Brasil soma fracassos e perde prestígio no cenário internacional. A análise dos espanhóis vai ao encontro com a dos franceses, que veem o time como “comum” e que já não amedronta mesmo adversários mais fracos.

“O Brasil tornou-se um time como qualquer outro, que não coloca medo em rivais até mesmo modestos e tem dificuldades para encontrar soluções humanas e técnicas para voltar a ser uma das melhores escolas mundiais”, ressalta o L’Équipe.

Os franceses apontam que o fracasso na Copa do Mundo de 2014 apavora jogadores importantes da seleção. Um ano depois, o técnico Dunga ainda não conseguiu controlar os nervos de Thiago Silva e David Luiz, exemplifica a publicação. Neymar – suspenso após a derrota para a Colômbia – mostra o mesmo problema.

A falta de um camisa 9 para a seleção é apontada como um problema grave pelos dois jornais. O Marca destaca que Diego Tardelli e Robinho são soluções “insuficientes para um país acostumado com atacantes únicos que marcaram época, como Pelé, Romário e Ronaldo”.

A falta de estrelas – Neymar é a exceção – também é vista pelos espanhóis como decisiva para um futuro que pouco anima a torcida brasileira. “Coutinho, William ou Douglas Costa não conseguem dar um passo à frente para se apresentarem como alternativas de primeiro nível quando Neymar não está ou tem um dia ruim”, cita o diário.

Tradicional jornal espanhol, o El País também é crítico ao falar sobre a seleção brasileira. “Para o Brasil, perder deixou de ser uma tragédia”, começa o texto em que analisa o vexame do time de Dunga no Chile. O diário completa a análise de forma contundente: “A seleção é uma equipe desorientada, previsível e perdedora cuja dependência de Neymar é prejudicial para o seu capitão”.