sábado, 20 abril, 2024 02:37

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Fobia Social ou Timidez Patológica

É normal sentir uma certa timidez e medo diante de pessoas ou situações desconhecidas, e, depois de certo tempo, nos acostumar com a situação, relaxar e perder a timidez. Porém, algumas pessoas fogem desse tipo de experiência como se corressem risco de vida ao interagir com outros indivíduos, evitando, portanto, qualquer tipo de contato social. Esse comportamento é patológico e deve ser tratado o quanto antes.

Entendendo a Fobia Social
Não há sintomas típicos de fobia social, a pessoa simplesmente manifesta ansiedade como qualquer outra, porém de uma forma exacerbada. E essa manifestação acontece sempre que a pessoa é submetida à observação externa enquanto executa uma atividade, como, por exemplo:

• Escrever ou assinar algo
• Falar em público
• Dirigir ou estacionar o carro
• Cantar ou tocar um instrumento musical
• Comer ou beber
• Ser fotografado ou filmado
• Usar banheiros públicos (mais comum com homens).

Dentre as possíveis reações de um fóbico exposto a situações citadas acima, estão:

• Taquicardia
• Sudorese
• Falta de ar
• Mãos geladas e úmidas
• Dor de barriga
• Diarreia
• Tonturas
• Ondas de calor
• Rosto ruborizado

Entretanto, alguns fóbicos manifestam muito pouco ou não manifestam tais reações externas, porém concentram-se em pensamentos negativos, que o impedem de manter relações sociais. É pessoa que vai, por exemplo, a uma festa, e ao pensar no evento no dia seguinte lembra apenas das pessoas que não o cumprimentaram, das pessoas com quem tentou conversar e não foi bem sucedido, do anfitrião que lhe deu pouca atenção e esquecem completamente daqueles que lhe foram simpáticos e hospitaleiros. É como se a fobia provocasse um desvio de memória, que só permitisse ao fóbico registrar momentos desconfortáveis e negativos das interações sociais, fazendo com que ele ‘desista’ delas.

As possíveis causas
da fobia social
Na maioria das vezes a fobia social é resultado de experiências sociais traumáticas durante a infância. Crianças com pais mais retraídos ou que também não lidam bem com o convívio podem tomá-los como exemplo e concluir que o convívio social não é bom. Crianças que são maltratadas e provocadas pelos colegas na escola ou que são expostas a uma ou mais experiências de profunda rejeição tendem a desenvolver a fobia social no futuro com mais facilidade.

Tratamento
O modo mais eficaz de curar a fobia social é uma combinação do uso de medicamentos antidepressivos e tranqüilizantes – que são necessários para inibir o excesso de ansiedade – e do tratamento psicoterápico, com sessões em grupo que expõem os pacientes a suas fobias sociais de forma gradual e progressiva, sendo a evolução do tratamento baseada nos sucessos no paciente em lidar com as situações sociais – afinal, o medicamento não ensinará ninguém a interagir.