sexta-feira, 29 março, 2024 04:41

MATÉRIA

O BRASIL ACIMA DE TUDO – DEUS ACIMA DE TODOS! Este é o lema do novo Presidente do Brasil – Jair Messias Bolsonaro.

Conheça um pouco mais sobre o Presidente eleito.

Jair Bolsonaro (1955) é capitão da reserva do Exército e presidente eleito do Brasil. Filiado ao Partido Social Liberal (PSL), foi eleito o 38º presidente do Brasil, para o mandato de 2019 a 2022, com 55, 13% dos votos.

Jair Messias Bolsonaro nasceu em Campinas, São Paulo, no dia 21 de março de 1955. Filho de Perci Geraldo Bolsonaro e de Olinda Bonturi, ambos descendentes de famílias italianas. Foi aluno da Escola Preparatória de Cadetes do Exército, de Campinas. Em 1977 formou-se na Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende, Rio de Janeiro. Cursou a Brigada de Paraquedismo do Rio de Janeiro. Em 1983 formou-se no curso de Educação Física do Exército. Chegou à patente de Capitão.

Em 1986 liderou um protesto contra os baixos salários dos militares. Escreveu um artigo para uma revista de grande circulação no país, intitulado “O salário está baixo”.

Carreira Política

Em novembro de 1988, Jair Bolsonaro foi eleito para a Câmara Municipal do Rio de Janeiro pelo Partido Democrata Cristão (PDC). Em outubro de 1990, foi eleito deputado federal pelo PDC. Renunciou o mandato de vereador e tomou posse na Câmara dos Deputados em 1991. Em 1993, participou da fundação do Partido Progressista Reformador (PPR), nascido da fusão do PDC e do Partido Democrático Social (PDS).

Em 1994 foi reeleito e na sua candidatura, a sua plataforma de campanha incluía a luta pela melhoria salarial para os militares, o fim da estabilidade dos servidores, a defesa do controle da natalidade e a revisão da área dos índios ianomâmis.  Foi mais uma vez indicado para a Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara. Em 1995 filia-se ao Partido Progressista Brasileiro (PPB), resultado da fusão do PPR com o PP.

Em 1998, exercendo seu terceiro mandato de deputado, se candidatou ao cargo para presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara.

Em 2002, foi eleito pela quarta vez ao cargo de deputado federal pelo PPB, mas nesse mesmo ano, filia-se ao PTB. No início de 2005 deixa o PTB e filia-se ao PFL. Em abril, deixa o PFL e filia-se ao Partido Progressista (PP). Em 2006 é eleito para seu quinto mandato. Assume a titularidade das comissões de Constituição e Justiça e de Cidadania, de Relações Exteriores e de Defesa Nacional e de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado. Em 2014, Jair Bolsonaro foi reeleito para o seu 7º mandato. Em março de 2016, filiou-se ao PSC, em 2017 esteve em negociações com o Patriotas (PEN).

Em 2018, Bolsonaro filiou-se ao Partido Social Liberal (PSL) e lançou-se candidato à Presidência da República. Fazendo sua campanha por meio das redes sociais, apostou em um discurso conservador dos costumes, de recuperação da economia e de combate à corrução e à violência urbana, mobilizou um grande número de admiradores. No primeiro turno das eleições, realizado em 7 de outubro, Bolsonaro ficou em primeiro lugar passando para o segundo turno quando derrotou o petista Fernando Haddad no dia 28 de outubro, com 55,13% dos votos. Essa vitória, interrompeu um ciclo de vitórias do PT que vinha desde 2002.

No seu discurso da vitória, Jair Bolsonaro declarou que seu governo será um defensor da Constituição, da democracia e da liberdade. Bolsonaro se tornou um fenômeno eleitoral ao vencer as eleições, filiado a uma legenda sem grandes alianças, com pouco tempo de TV e rádio e longe das ruas depois do atentado que sofreu no dia 3 de setembro.

Família

Jair Bolsonaro foi casado com a vereadora Rogéria Nantes Nunes, entre 1993 a 2001. Juntos tiveram três filhos: Carlos Bolsonaro (vereador do Rio de Janeiro), Flávio Bolsonaro (deputado estadual do Rio de Janeiro) e Eduardo Bolsonaro (deputado federal por São Paulo). Foi também casado com Ana Cristina Vale, com quem teve um filho. Em 2013 casou-se com Michelle, e com ela tem uma filha.

Atentado a Bolsonaro

No dia 6 de setembro de 2018, Jair Bolsonaro foi esfaqueado no abdômen no momento em que estava em meio a uma multidão fazendo campanha eleitoral na cidade mineira de Juiz de Fora. Bolsonaro foi levado para a Casa de Misericórdia, onde se submeteu a uma cirurgia. A facada atingiu o intestino delgado e o intestino grosso. Depois da cirurgia, Bolsonaro foi transferido para o Hospital Albert Einstein em São Paulo. No dia 13, depois de diagnosticado com aderência no intestino, Bolsonaro foi submetido a uma cirurgia de emergência que foi bem sucedida. A partir de então, por segurança, evitou sair de casa. O agressor foi preso e levado para a Polícia Federal para prestar esclarecimentos.

A contabilização dos mais de 57 milhões de votos de Bolsonaro aponta que ele venceu em 16 estados — todos os das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, onde estão os maiores colégios eleitorais. Perdeu em Alagoas, na Bahia, no Ceará, no Maranhão, na Paraíba, em Pernambuco, no Piauí, no Rio Grande do Norte, no Sergipe, no Pará e no Tocantins. Os números que resultam das urnas indicam que, a exemplo do que ocorrera em 2014, São Paulo ergueu uma muralha contra o PT: o presidente eleito ganhou com dianteira de 15 milhões de votos no maior estado da federação. Também foram expressivas as votações em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, respectivamente o segundo e o terceiro colégios eleitorais.

Além de quebrar a polarização de três décadas entre PSDB e PT na corrida presidencial, a vitória de Bolsonaro reflete a repulsa da maior parcela da população brasileira ao projeto de poder do PT, alicerçado em meio a sucessivos escândalos de corrupção e à pilhagem dos cofres públicos nos últimos anos. Não à toa, seu líder máximo, o ex-presidente Lula, tentou à exaustão comandar a campanha do afilhado político, Fernando Haddad, de dentro da prisão. O radicalismo nas ruas e nas redes sociais foi a marca desta campanha eleitoral, que entrará para a história como a mais acirrada desde a redemocratização e cujo ápice foi o imperdoável atentado contra o próprio presidente eleito, à época candidato, esfaqueado durante um ato na cidade mineira de Juiz de Fora em setembro.

Além da derrota do PT, as eleições deste ano impuseram um duro golpe aos líderes tradicionais e aos partidos acostumados a dar as cartas na política pelo país. Muitos foram varridos das urnas pelo efeito da Operação Lava Jato. Outros, acabaram alijados da vida pública pelo esgotamento do até então tolerante eleitor brasileiro com desmandos dos seus governantes. Em 2018, não foi assim. O resultado será a formação de um Congresso Nacional com 30 partidos representados, centenas de caras novas e um punhado de siglas — algumas ainda à deriva — à procura de fusões para não serem riscadas da política pela cláusula partidária de barreira. Não foi só: o desenho das Assembleias Legislativas nos estados é alvissareiro na formatação de Casas menos carimbadoras dos anseios dos governadores eleitos. Não é exagero dizer que muitos dos futuros governadores não terão vida fácil no Legislativo no ano que vem — talvez, quiçá, não sejam mais seus quintais no Legislativo.

No plano federal, a base de apoio de Bolsonaro no Congresso ainda é incógnita, mas o recorte das bancadas sugere que ele terá maioria na largada. Seu primeiro teste de traquejo e engenharia política será a articulação para a eleição da direção da Câmara e do Senado em janeiro.

Soma-se à insatisfação popular com a velha política, a força do discurso conservador e da agenda liberal, esta mais à direita, que ganha corpo no mundo todo no correr dos últimos anos — não só com Donald Trump, nos Estados Unidos, mas que se espraiou pelo Reino Unido, pela França e a Alemanha e que agora ecoa na América Latina.