quinta-feira, 28 março, 2024 18:44

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10 franquias populares que provavelmente foram reaproveitadas de outras

Ser original nem sempre é o que mais conta na hora de fazer sucesso. Prova disso são essas franquias populares que você verá a seguir. Elas parecem ser absolutamente criativas e inovadoras, mas a verdade nua e crua é que elas têm mais em comum com seus antecessores de menos sucesso do que a gente gostaria de admitir.
Veja:

10 Sherlock Holmes
O Sherlock Holmes é, talvez, o detetive fictício mais amado de todos os tempos. Mas Sir Arthur Conan Doyle não criou Holmes do nada. Ele foi inspirado por C. Auguste Dupin, um gênio francês criado por sua vez por Edgar Allan Poe – outro queridinho de quem gosta de romances policiais e crimes. Os métodos utilizados pelo personagem Dupin são extremamente semelhantes ao de Holmes, de forma que qualquer fã do detetive poderia se dizer familiarizado com a estrutura de uma história de Dupin, narrada por um ajudante estilo Watson, só que sem nome.
Mas, calma. Essa inspiração toda tem um motivo. Poe praticamente inventou o gênero policial com Dupin, por isso é compreensível que Doyle tenha lido e relido essas histórias e se inspirado nelas. O problema é que ele foi muito mais longe do que isso. Doyle reescreveu a história de Dupin mais popular, chamada “A carta roubada”, não uma, mas três vezes. “A carta roubada” é o conto de um ministro que tenta chantagear uma mulher real com uma carta roubada, e o trabalho de Dupin é localizá-la. Doyle usou essa ideia em suas histórias de Holmes “A aventura do Tratado Naval”, “A Scandal in Bohemia”, e “A Segunda Mancha”. E o pior: Dupin sequer é mencionado em “Um Estudo em Vermelho”, o primeiro romance de Sherlock Holmes.
Será que ele já sabia que nessa vida nada se cria, tudo se transforma?

9 O Senhor dos Anéis
Tolkien negou de pés juntos, mas é difícil ignorar as semelhanças entre sua épica obra-prima, O Senhor dos Anéis, e uma peça de teatro alemã menos conhecida chamado Der Ring des Nibelungen (“O Anel de Nibelungo”, também chamado “O Ciclo do Anel”) criado por Richard Wagner. A peça, que estreou em 1869, gira em torno de Norse e da mitologia alemã, enquanto que O Senhor dos Anéis tem lugar no próprio mundo mitológico de Tolkien da Terra-média, mas a diferença praticamente acaba aí.
Tolkien foi muito citado por dizer: “Ambos os anéis eram redondos, e essa é a semelhança [entre as duas obras]“, mas isso não é bem verdade. Por exemplo, ambos os anéis concedem a seu portador grande poder e invisibilidade, deixam o cara um pouco louco, e foram tomados após a derrota de seus proprietários originais. Embora as obras sigam caminhos diferentes, ambos incluem membros da família matando uns aos outros por causa do tal anel, forjado a partir de uma importante espada quebrada, e tem um imortal perdendo a imortalidade.

8 O Rei Leão
O Rei Leão é considerado por muitos o maior e melhor filme da Disney de todos os tempos. Mas, apesar dos pesares, essa incrível obra também é comumente criticada por ter sido copiada. O Rei Leão tem sido considerado uma releitura moderna de Hamlet, de Shakespeare, com o qual compartilha notáveis semelhanças de enredo. A muito mais controversa acusação é de que os criadores do filme da Disney plagiaram um mangá e anime japonês de uma história chamada “Kimba the White Lion”, criada por Osamu Tezuka. Como dá para ver no vídeo acima, as histórias e estilos artísticos são diferentes, claro – até pelo tipo de narrativa -, mas as respectivas influências africanas e japonesas são aparentes. Sem contar nas semelhanças entre personagens, como o Pai em forma de nuvem, hienas capangas, e sequências nas quais todos os animais da savana aplaudem o nascimento de filhotes de leão.

7 Por Um Punhado de Dólares
The Man With No Name (“o homem sem nome”) é um dos personagens mais marcantes do cinema de todos os tempos. Variadamente chamado Joe, Manco e Blondie, ele aparece na trilogia de Sergio Leone, uma série de filmes de faroeste vagamente conectados que lançou ninguém menos que Clint Eastwood para o estrelato. O último filme da trilogia, “O Bom, o Mau e o Feio” (1966) é amplamente conhecido, mas nunca teria sido feito se o primeiro filme da trilogia de 1964 “Por Um Punhado de Dólares” não houvesse sido atacado por um filme japonês chamado Yojimbo, que foi lançado três anos antes. Por Um Punhado de Dólares é quase cena por cena uma refilmagem do épico samurai. Muitos ângulos de câmera foram copiados, e as histórias em geral são incrivelmente similares. O roubo era tão óbvio que a empresa de produção responsável por Yojimbo, a Toho Company de Akira Kurosawa, ganhou uma ação judicial contra Sérgio Leone.

6 Um Sonho de Liberdade
Se há um conto que realmente se destaca entre as obras de Stephen King, é “Um Sonho de Liberdade”, que posteriormente foi adaptado ao cinema e, como não poderia deixar de ser, fez estrondoso sucesso.
O único detalhe é que essa história compartilha um número bastante suspeito de elementos com um conto de Leo Tolstoi, “Deus vê a verdade mas custa a revelar”. Na história de Tolstoi, um homem chamado Aksionov é acusado de um assassinato que não cometeu. Ele está preso há 26 anos e, durante esse tempo, ele conhece um outro prisioneiro chamado Makar Semyonich que está construindo de um túnel. Semyonich acaba por ser o assassino, e confessa seu crime. Askionov morre antes do plano para libertá-lo ser concretizado.

5 Eragon
Eragon é o primeiro livro da série “Ciclo da Herança”, de Christopher Paolini. Muitos leitores notaram que havia vários pontos em comum dessa trama com o primeiro filme de Star Wars, e com O Senhor dos Anéis também.
Eragon é um garoto que vive na fazenda com seu tio, longe do conflito entre um grande império ameaçador e um grupo de rebeldes. Um dia, Eragon encontra um ovo de dragão que foi enviado para a sua aldeia por uma princesa, levando à morte de seu tio e à destruição de sua casa. Eragon, então, foge de sua aldeia com um idoso “cavaleiro do dragão” chamado Brom, sem saber que ele também possui os mesmos poderes sobrenaturais. Brom treina Eragon junto com seu novo dragão, Saphira. Até que Eragon finalmente decide resgatar a princesa rebelde, Arya, e faz uma viagem que custa a vida de Brom. Arya, Eragon, Saphira e um personagem chamado Murtagh, em seguida, defendem a base rebelde de um ataque imperial. Repare em alguns eventos, ligue alguns nomes e você verá mais ou menos o enredo de Star Wars Episódio IV: Uma Nova Esperança.

4 Avatar
Tal como aconteceu com Eragon e Uma Nova Esperança, apenas mudar alguns nomes e a ordem de eventos pode transformar instantaneamente o longa Avatar de James Cameron em Pocahontas, da Disney. Em Avatar, Jake Sully chega no mundo de Pandora para participar de uma operação de mineração em grande escala, muito parecido com os colonos em Pocahontas, que chegam nas terras indígenas à procura de ouro. Não demora muito até que Sully se apaixona por Neytiri, filha de um chefe que foi arranjada para se casar com um guerreiro poderoso que ela não ama. Como Neytiri ensina a Jake valores como respeitar a natureza e a cultura de seu povo, eles se apaixonam. Quando Jake é condenado à morte, sua execução é interrompida por uma batalha entre os humanos e os povos nativos da Pandora. No final, eles promovem a paz. Basicamente a mesma coisa que acontece em Pocahontas.

3 Star Wars
George Lucas admitiu abertamente que os muitos paralelos entre o universo de Star Wars e um filme japonês chamado A Fortaleza Escondida, feito em 1958 feito por Akira Kurosawa, não é nenhuma coincidência. As histórias são apenas vagamente semelhantes, mas uma grande parte do filme de Kurosawa pode ser claramente vista em Star Wars, como por exemplo a tela de transições de cena. George Lucas ainda pode ter considerado Toshiro Mifune, que atuou em A Fortaleza Escondida, para o papel de Obi-Wan Kenobi.
O paralelo mais óbvio entre os dois filmes é o uso de personagens humildes, tradicionalmente sem importância, para impactar significativamente a trama. Em A Fortaleza Escondida, dois camponeses acompanham uma princesa e um general em sua jornada para casa no meio de uma guerra. Estes “camponeses” aparecem nos filmes de Star Wars como os robôs R2-D2 e C3P0.

2 Jogos Vorazes
Os Jogos Vorazes, de Suzanne Collins, tornou-se um grande sucesso em 2008 e a base de uma franquia de ainda mais sucesso no cinema. Mas alguns leitores notaram semelhanças entre a trilogia e um romance de 1999 escrito por Koushun Takami chamado “Battle Royale” (“Batalha Real”, em tradução livre). Ambos as tramas se passam no futuro e envolvem governos tirânicos forçando crianças e adolescentes que são escolhidos por sorteio a lutar até a morte em um cenário selvagem. Mesmo muitos dos pequenos pontos da trama, como relacionamentos amorosos que se formam durante a competição e sobrevivem até o fim, são similares. A versão cinematográfica de “Battle Royale”, que foi lançada em 2000, diferia do livro em muitos aspectos, tais como o programa que é mais ou menos mantido em segredo no livro. Estas alterações, que também estão presentes na adaptação de Jogos Vorazes, foram alvo de acusações de que Collins estaria plagiando “Battle Royale” nas duas mídias.

1 Capitão Marvel
O Capitão Marvel não é tão popular como outros super-heróis que recentemente foram para as telas de cinema, mas ele ainda tem muitos fãs. Também foi descaradamente concebido como uma “versão” do famoso e bem sucedido Super-Homem. As semelhanças físicas e os superpoderes compartilhados pelos personagens realmente fez com que a DC Comics processasse a Fawcett por violação de direitos autorais em 1950. A DC não ganharia essa ação hoje em dia, pelo fato de o mercado de super-heróis ser tão saturado, mas naquela época as semelhanças eram mais que evidentes. Então foi decidido que Fawcett não seria autorizada a usar o personagem Capitão Marvel. Em 1972, a DC licenciou o personagem, mas como a Marvel Comics já havia registrado o nome, a DC acabou o rebatizando como Shazam.