terça-feira, 23 abril, 2024 22:42

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Quando é indicado que eu busque a ajuda de um psicólogo?

A psicoterapia é indicada para qualquer pessoa em qualquer período da vida, porém, em alguns momentos o apoio do profissional torna-se indispensável. Conheça!

Cuidar da nossa saúde física é um conceito que vamos adquirindo ao longo da vida desde as consultas de rotina com nosso pediatra quando ainda somos crianças. Realizamos exames periódicos ou procuramos um médico quando nosso corpo emite sinais de alerta como dores ou febre.

Mas porque ainda é um tabu cuidar de nossa saúde mental?

Porque existe tanta resistência em procurar um psicólogo quando nossa mente emite ”sinais de alerta”?

O cuidado com nossa saúde mental é tão importante quanto o cuidado com nossa saúde física.

A psicoterapia é um facilitador do processo do autoconhecimento e promove o fortalecimento emocional – tais aspectos são fundamentais para nossa saúde (física e mental), refletindo positivamente em nosso cotidiano, seja nas relações interpessoais, tomada de decisões, elaboração de perdas ou traumas, superação de limites ou desenvolvimento pessoal.

Temos a mania de achar que podemos lidar com tudo sozinhos, que para sermos ”fortes” não precisamos de ajuda. É fundamental desmistificarmos essa ideia – procurar ajuda não demonstra fragilidade e sim comprometimento e interesse em melhorar aspectos pessoais, resolver conflitos ou facilitar que as dificuldades que encontramos em nosso caminho não se tornem uma condição para nossa tristeza ou perpetuem por mais tempo do que deveriam.

A que sinais devo ficar atento de que preciso de ajuda?

• Vontade recorrente de chorar

• Sentimento de angústia (”nó na garganta”)

• Baixa autoestima, sentindo-se desconfortável com seu corpo, aparência ou tendo dúvidas sobre suas qualidades ou desempenho

• Incomodo desproporcional a atitudes ou comportamentos de outras pessoas

• Oscilação de humor

• Desmotivação

• Padrão de escolha de parceiros/ relacionamentos destrutivos

• Timidez

• Dificuldade no controle e expressão de emoções

• Conflitos relacionados a orientação sexual, relacionamento afetivo, relações familiares

• Dificuldade no controle de atitudes impulsivas e/ou destrutivas

O acompanhamento psicológico também é indicado em situações de:

• Luto (perda de entes queridos, término de relacionamento, perda de emprego)

• Mudanças significativas que exigem grande adaptação (mudança de cidade ou país, casamento, constituição de família)

• Elaboração de Traumas (sequestro, assalto, violência sexual, acidentes, desastres naturais)

Para o tratamento e controle de transtornos de personalidade, transtornos de humor, transtornos alimentares ou doenças psicossomáticas o acompanhamento psicológico é indispensável.

A psicoterapia também é indicada no processo da escolha profissional (orientação vocacional) e nos casos de dificuldade de aprendizagem e interação social de crianças e adolescentes.

Independentemente da idade e do momento em que vivemos, o processo proporcionará inúmeros benefícios em seu bem-estar físico, psíquico e social, permitindo o conhecimento da natureza de seus comportamentos, reflexão de novas perspectivas, acolhimento sem julgamento, identificação de sentimentos e o encontro do equilíbrio entre a razão e a emoção.

7 sinais do transtorno de personalidade limítrofe

Também conhecido como transtorno de borderline, o quadro provoca reações de ansiedade, problemas de concentração e até tendências suicidas. Entenda mais no artigo a seguir.

Um dos problemas que com frequência aparece nos consultórios de psicologia é o transtorno de personalidade limítrofe, também conhecido como transtorno borderline. Trata-se de um quadro marcado pela instabilidade emocional, no qual a pessoa é impulsiva e tende a se desvalorizar.

Esse problema costuma aparecer na adolescência e, ao passar dos anos, os sintomas vão se consolidando. Por isso é importante estar atento aos sinais do transtorno de personalidade limítrofe, já que o tratamento é feito de forma multidisciplinar, com o apoio psicológico e psiquiátrico.

1) Comportamento impulsivo

As pessoas que têm o transtorno de personalidade borderline encontram no comportamento impulsivo uma forma de aliviar sua própria dor. Desse modo, é comum o abuso de álcool e outras substâncias, manter relações sexuais de risco, adotar posturas imprudentes no trânsito, etc.

Por comportamentos assim, os problemas de relacionamento são frequentes e, apesar do alívio inicial, o ciclo de impulsividade é seguido pela culpa e pela vergonha.

2) Intensidade das emoções

Quem tem esse problema costuma ser mais suscetível às emoções em geral. Sentem tudo com mais intensidade e por mais tempo. É importante entender que essa sensibilidade e intensidade de sentimentos é uma moeda de duas caras.

A pessoa pode ser extremamente amorosa, mas se sentir sufocada por emoções negativas. Por exemplo, ela nunca se sentirá constrangida, pois o sentimento sempre será de humilhação.

3) Ambivalência

Um dos sinais do transtorno borderline é que a pessoa se importa muito com a forma como é tratada pelos demais. Mas o sentimento em relação ao outro não é uma constante, variando entre o positivo e o negativo.

Uma decepção, por exemplo, é suficiente para que ela deixe de idealizar o outro e passe a desvalorizá-lo.

4) Problemas de concentração

A intensidade das emoções experimentada por quem tem esse problema dificulta a concentração. Isso porque a pessoa perde facilmente o controle e o foco, especialmente diante de episódios que provocam sofrimento. Fica perdida em seus próprios pensamentos, como se fosse uma realidade paralela.

5) Sensação de vazio

Como têm dificuldade para construir uma imagem sobre quem são, as pessoas com transtorno de personalidade limítrofe são inseguras e não têm certeza sobre o que deve ser valorizado nelas mesmas. O resultado é um sentimento de perda e vazio.

6) Autopunição

A raiva alimenta um sentimento de autopunição, que se materializa em episódios como cortes e automutilação, especialmente em resposta a emoções negativas.

7) Tendências suicidas

Nos casos mais graves, esses episódios de automutilação podem conter ideias suicidas. A dor física provocada é uma forma de fugir da dor psicológica.

Esses são 7 sinais do transtorno de personalidade. Por isso, diante da presença de algum deles, se torna importante buscar ajuda especializada para confirmar o diagnóstico e, assim, encontrar formas de enfrentar o distúrbio.