sábado, 20 abril, 2024 01:45

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Você é fã de Vinho?

Conheça mitos e verdades da bebida mais famosa do mundo.

MITO

Frequentemente é fato, mas o preço de um vinho depende da localização, do produtor, das premiações, da cotação do dólar… “Tanto que em degustações às cegas não é raro um vinho sem fama e economicamente acessível ser tido como o melhor”, diz o sommelier Fernando Perazza.

MITO

A rolha garante o cerimonial da abertura da garrafa, permite que o vinho respire e, se for o caso, envelheça dignamente. “A rosca é mais barata do que a rolha, mas não significa que só guarde vinhos de baixa qualidade. Hoje ela é usada por grandes produtores para vinhos prontos para o consumo porque conserva suas propriedades”, ensina o especialista Gianluca Casagrande.

PARCIALMENTE VERDADE

Assim como nem sempre as pessoas melhoram com o tempo, o vinho não envelhece necessariamente bem: “A maior parte dos brancos é feita para consumo imediato, ou até três anos, no máximo. Já os tintos, até uns cinco anos. Somente os grandes vinhos, bem armazenados, evoluem com a idade”, explica o sommelier Fernando Perazzavinho sem fama e economicamente acessível ser tido como o melhor”, diz o sommelier Fernando Perazza.

VERDADE

A taça não altera o sabor, e sim a percepção do vinho. Nesse sentido, a transparência do cristal permite melhor visualização da bebida, as hastes longas não afetam sua temperatura e o bojo mais aberto ressalta seus aromas. O tamanho pode ser documento: a taça de brancos e tintos deve ter espaço suficiente para rodar a bebida sem derramá-la, e a de espumante, ser mais longa para que o apreciador veja suas bolhas e sinta melhor suas fragrâncias.

VERDADE

Ok, você, seu marido e seus amigos adoram um Pinot Grigio. No entanto, a população brasileira é pouco afeita aos brancos. Reza a lenda que a culpa é da Alemanha e seu Liebfraumilch, um branco semi-doce vendido em garrafas azuis. Porém, há outro fator: “Cardiologistas e outros médicos citavam tintos como reguladores da pressão arterial, protetores do coração, fonte de antioxidantes e nunca mencionavam os brancos”, frisa o sommelier Fernando Perazza.

VERDADE

“Tintos mais intensos como Cabernet Sauvignon e Barolo são idealmente servidos a 18°C. Tintos de menos corpo, como um Pinot Noir, podem ter 16°C. Os brancos variam de 8°C a 10°C, emquanto os rosés devem em média vir a 12°C. Já os espumantes devem ser servidos com temperatura entre 8°C a 6°C”.

VERDADE

Os espumantes não devem se restringir a celebrações. Champanhes, cavas e proseccos harmonizam com quase tudo -de pipoca a frutos do mar, passando por comida asiática, queijos, batatas e até algumas sobremesas- graças às suas bolhas e acidez. Mas fique de olho: “A intensidade e a duração do pérlage (borbulhas), assim como sua concentração no centro da taça, indicam qualidade do espumante”, adverte Casagrande.

PARCIALMENTE VERDADE

Se o vinho for de rosca ou rolha sintética a posição em que ele for armazenado não influencia. Porém, para os vinhos rolhados, o ideal é mantê-los deitados e sem variação de temperatura, assim, tanto o vinho quanto o ar estarão em contato com a rolha, deixando-a úmida e permitindo que a bebida respire.

MITO

Primeiro aviso: nem todo queijo vai bem com vinho! A textura, a gordura e o sabor intenso do queijo dificultam a percepção da bebida no paladar. Não que não exista nenhum queijo que peça um tinto -parmesão vai bem com Chianti e cheddar com Cabernet Sauvignon. Contudo, no geral, queijos vão melhor com brancos e espumantes. Na Suíça, por exemplo, fondues são harmonizados com brancos como o Riesling.

PARCIALMENTE VERDADE

A questão é capciosa porque a expressão decantar costuma se confundir com aerar: “Decantar é separar o líquido da borra, que pode ‘amargar’ o vinho. Este é um procedimento que faz mais sentido para vinhos tintos envelhecidos. Mas o decanter pode ser usado para aerar e ‘abrir’ quase todo vinho, já que a passagem de ar revela seus aromas”, diz Perazza.