quinta-feira, 25 abril, 2024 20:06

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Michel Miguel Elias Temer Lulia – Presidente do Brasil

Michel Temer é  político, advogado, professor universitário e escritor brasileiro, atual presidente da República Federativa do Brasil após a destituição da titular Dilma Rousseff. Desde 1985, é o terceiro membro de seu partido, o PMDB, que chega à Presidência da República sem ser eleito. Exerceu também os cargos de presidente da Câmara dos Deputados, deputado federal, secretário da Segurança Pública e procurador-geral do estado de São Paulo.

Nascido em Btaaboura, vilarejo de 200 habitantes no norte do Líbano, onde a principal rua leva o nome de “Michel Tamer, vice-presidente do Brasil”.

A família de Temer, de católicos maronitas, emigrou para o Brasil em 1925, fugindo dos problemas do pós-guerra.

Filho de imigrantes libaneses que chegaram ao Brasil na década de 1920, Temer nasceu e foi criado no interior paulista. Em 1963, graduou-se em direito pela Universidade de São Paulo (USP), onde atuou ativamente na política estudantil. Ao longo da década de 1960, trabalhou como advogado trabalhista, oficial de gabinete de José Carlos de Ataliba Nogueira e em um escritório de advocacia. Ele também lecionou na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e na Faculdade de Direito de Itu (FADITU). Em 1974, concluiu um doutorado em direito público na PUC-SP.

Em 1970, Temer começou a trabalhar como procurador do Estado de São Paulo. Em 1978, tornou-se procurador-chefe da Empresa Municipal de Urbanização de São Paulo. No mesmo período em que era servidor público, trabalhou em escritórios de advocacia. Em 1981, filiou-se ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Em 1983, foi nomeado pelo governador Franco Montoro para a Procuradoria-Geral do Estado, permanecendo neste cargo até 1984, quando assumiu a secretaria de Segurança Pública. Em 1986, candidatou-se a deputado federal constituinte, mas obteve a suplência. Temer acabou tornando-se deputado no decorrer da Assembleia Nacional Constituinte. Em 1990, concorreu a deputado federal, mas novamente atingiu a suplência, assumindo o cargo posteriormente em 1994. Durante o governo de Fleury Filho voltou a comandar a Procuradoria-Geral do Estado e, poucos dias após o Massacre do Carandiru, foi nomeado secretário de Segurança Pública.

Em 1995, Temer foi escolhido para líder do PMDB na Câmara. Contando com o apoio do governo Fernando Henrique, foi eleito presidente da Câmara dos Deputados duas vezes. Em 2001, foi eleito Presidente Nacional do PMDB. No segundo mandato de Lula, conseguiu com êxito tornar o PMDB parte da base governista, o que não havia conseguido no primeiro mandato do petista. Em 2009, com o apoio do governo, foi eleito para a presidência da Câmara. Na disputa presidencial de 2010, apesar de não ser o nome preferido dos governistas, conseguiu ser escolhido para candidato a vice-presidente de Dilma Rousseff. Com a vitória de ambos, foi empossado vice-presidente em janeiro de 2011. No primeiro mandato, foi considerado por si próprio e pelo partido como um “vice decorativo”. No segundo, ganhou mais poder ao comandar a articulação política. No entanto, após desentendimentos públicos com a presidente, Temer articulou pessoalmente o apoio ao afastamento de Dilma. Com o impeachment da presidente em 31 de agosto de 2016.

Aos 75 anos, Temer está no terceiro casamento, com Marcela Temer, ex-modelo e bacharel em direito de 32 anos e 1,72 metro – 2 cm a mais que o marido. Ambos possuem um filho de sete anos, Michel Temer Filho, o Michelzinho.

Eles se conheceram em 2002, durante a campanha eleitoral. O pai dela, um economista conhecido de políticos de Paulínia (SP), cidade de 100 mil habitantes na região de Campinas, sugeriu que fossem cumprimentar o prefeito – e o então candidato a deputado federal Temer estava por lá.

Além de Michelzinho, Temer possui três filhas do primeiro casamento – Luciana, secretária de Assistência Social da Prefeitura de São Paulo, Maristela e Clarissa, psicólogas e psicanalistas – todas na casa dos 40 anos. Tem ainda um filho de 16 anos, fruto de um relacionamento com uma jornalista de Brasília.

O novo presidente é ainda, o integrante (embora pouco ativo) mais ilustre do País da maçonaria, a instituição cercada de mistérios e códigos que já teve protagonismo político no passado, mas hoje possui finalidades basicamente filantrópicas e de relacionamento interpessoal.

Michel Temer assume agora a Presidência de maneira definitiva, em meio a maior crise econômica em décadas – o PIB acumula seis trimestres consecutivos de retração – e na esteira de um processo institucional que já classificou como “peça de Primeiro Mundo”, como declarou em 1992, em referência ao caso Fernando Collor, em entrevista ao apresentador Clodovil (1937-2009).

“O chamado impeachment não é uma peça de país de Terceiro Mundo. A peça dos países de Terceiro, Segundo Mundo é o golpe de Estado. E nós aqui fizemos funcionar todas as nossas instituições regularmente.(…)Esse é um exemplo que ficou.”

Sobre o impeachment de Dilma Rousseff, que consistiu em uma questão processual aberta com vistas ao impedimento da continuidade do mandato de Dilma Rousseff como a Presidente da República do Brasil. O processo iniciou-se com a aceitação, em 2 de dezembro de 2015, pelo Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, de denúncia por crime de responsabilidade oferecida pelo procurador de justiça aposentado Hélio Bicudo e pelos advogados Miguel Reale Júnior e Janaina Paschoal, e se encerrou no dia 31 de agosto de 2016, resultando na destituição de Dilma do cargo.

As acusações versaram sobre desrespeito à lei orçamentária e à lei de improbidade administrativa por parte da presidente, além de lançarem suspeitas de envolvimento da mesma em atos de corrupção na Petrobras, que eram objeto de investigação pela Polícia Federal, no âmbito da Operação Lava Jato. Havia, no entanto, juristas que contestavam a denúncia dos três advogados, afirmando que as chamadas “pedaladas fiscais” não caracterizaram improbidade administrativa e que não existia qualquer prova de envolvimento da presidente em crime doloso que pudesse justificar oimpeachment.

A partir da aceitação do pedido, formou-se uma comissão especial na Câmara dos Deputados, a fim de decidir sobre a sua admissibilidade. O roteiro começou com os depoimentos dos autores do pedido e teve seguimento com a apresentação da defesa de Dilma. Enquanto isso, manifestações de rua contra e a favor do impedimento ocorriam periodicamente em todo o país.

O relatório da comissão foi favorável ao impedimento da presidente Dilma: 38 deputados aprovaram o relatório e 27 se manifestaram contrários. Em 17 de abril, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou o relatório com 367 votos favoráveis e 137 contrários. O parecer da Câmara foi imediatamente enviado ao Senado, que também formou a sua comissão especial de admissibilidade, cujo relatório foi aprovado por 15 votos favoráveis e 5 contrários. Em 12 de maio o Senado aprovou, por 55 votos a 22, a abertura do processo, afastando Dilma da presidência até que o processo fosse concluído. Em 31 de agosto de 2016, Dilma Rousseff perdeu o cargo de Presidente da República, após três meses de tramitação do processo iniciado no Senado, que culminou com uma votação em plenário, resultando em 61 votos a favor e 20 contra o impedimento.

Após a vitória relativamente folgada que o presidente Michel Temer obteve com o impeachment de Dilma Rousseff no Senado, agora o seu governo deve enfrentar batalhas mais duras no Congresso Nacional e na sociedade. No cardápio de propostas do governo agora confirmado até dezembro de 2017, está uma série de medidas que prometem encontrar resistência no Parlamento e nas ruas. São reformas que alteram direitos de trabalhadores, aposentados e que podem resultar em cortes em áreas como saúde e educação.

Desde que assumiu o governo interino, em maio, Temer tem a popularidade como um de seus desafios, mas sempre deixou bem claro que não está preocupado com isso, ele quer e prefere mostrar resultados.

A verdade é que agora todos estarão na expectativa, alguns torcendo contra, por que este sempre foi o papel da esquerda, torcer para que o Brasil desça ladeira abaixo para que então, eles possam assumir o governo e fazer o que Lula e Dilma fizeram ao longo deste tempo (um tempo de pesadelo e vergonha) em que o PT governou, deixando o país saqueado, iludindo os pobres com esmolas. Mas a maioria, que é o que verdadeiramente conta, sempre torcendo para que o Brasil supere essa crise econômica e política e se posicione de uma vez por todas no cenário mundial, como um país em continuo desenvolvimento econômico, liderado por pessoas de bem, lúcidas e principalmente, capacitadas política e culturalmente para os cargos públicos que ocupam.