Se você está com dificuldades para aprender inglês, você vai adorar essa matéria!
O Método Robinson consiste em cinco passos e tem foco nos momentos fundamentais do aprendizado.
Esse método foi criado nos anos 1940 por um psicólogo e funciona através de cinco etapas: explorar, perguntar, ler, rememorar, repassar.
Neste artigo, vamos explorar um pouco mais o Método Robinson, sua origem e importância, e como você pode aproveitá-lo ao máximo na sua rotina de estudos.
Considerado extremamente útil por diversas universidades dos Estados Unidos e do mundo, o Método Robinson foi criado pelo psicólogo educacional Francis Pleasante Robinson.
Em 1946, ele publicou o livro “Effective Study” (traduzido literalmente como “estudo efetivo”), onde explorou em detalhes seu método de aproveitamento acadêmico.
O Método Robinson considera cinco etapas de estudo para fixar conteúdo.
Em inglês, o método pode ser definido pela sigla SQ3R ou SQRRR, que formam um acrônimo de survey, question, read, recite e review.
Esta técnica não tem uma tradução oficial para o português, mas aqui os especialistas utilizam a sigla EPL2R, nomeando as cinco etapas como: explorar, perguntar, ler, rememorar e repassar.
Quando comparado a outras técnicas de estudo e memorização, o Método Robinson não é muito revolucionário ou mirabolante. Porém, ele é simples e efetivo.
Com organização e comprometimento, é possível conseguir bons resultados.
Quais são os 5 passos do Método Robinson?
O Método Robinson consiste, como já explicamos, em cinco etapas. Elas são consideradas etapas fundamentais para a aquisição de conhecimento.
Toda a técnica é baseada na repetição, o que o criador achava crucial para memorização.
1 Explorar – O primeiro passo do método se refere à exploração do conteúdo existente sobre o tema a ser estudado. Também pode estar se referindo à exploração de uma leitura obrigatória, por exemplo.
Nesta etapa, o que interessa é entender de onde veio e quais são as intenções daquela obra ou material. O que o autor quis passar com aquilo?
O mais importante da fase de exploração, então, é descobrir o material e seu conteúdo.
2 Perguntar – Em seguida, acontece a segunda fase: perguntar. Essa etapa parte do princípio de que a fase de exploração deixou algumas dúvidas, e você deve se render a elas.
Coloque suas dúvidas em uma lista e comece a criar novas perguntas a partir delas. Pergunte-se tudo o que surgir, mesmo que você ache que não é relevante no momento.
A intenção é que você não aceite passivamente o conteúdo, mas que aprenda de forma ativa.
3 Ler – A fase de leitura consiste não só em ler o material, mas também analisar e resumir.
É uma etapa que precisa de atenção e capacidade de imersão, tendo como finalidade fazer com que você estimule seu pensamento crítico.
Como dissemos acima, a ideia do Método Robinson é transformar você em um estudante ativo. Por isso, esforce-se para ler o conteúdo identificando partes cruciais do texto.
Faça anotações durante essa fase, sublinhe o conteúdo, elabore esquemas e, se você ainda tiver dúvidas sobre o que leu, faça mais perguntas.
4 Rememorar – Embora seja listada como uma fase pós-leitura, a rememoração deve ser feita enquanto você lê e reflete sobre o que leu.
Ela deve ser realizada ao final de casa leitura de capítulo e sessão de estudo, pois seu objetivo é fixar o conteúdo enquanto ele ainda está fresco.
Por isso, quando terminar uma tarefa, pegue uma caneta e um papel e faça um resumo de tudo o que você leu, o que aprendeu e as dúvidas que ficaram.
5 Repassar – A última fase é repassar, quando você faz uma análise mais completa e profunda de tudo o que foi estudado. Para realizar essa etapa, você vai precisar das suas anotações, resumos e esquemas.
É aqui que você vai repassar todo o estudo, identificando se ainda existe alguma dúvida ou tópico que você não cobriu.
Como aproveitar ao máximo o Método Robinson nos seus estudos
O Método Robinson, por si só, é uma ótima ferramenta para fixar e absorver conteúdos. Se você está estudando para o Enem ou para o vestibular, essa é uma ótima técnica a se aplicar.
Porém, apenas aplicar o Método Robinson no seu dia a dia, sem se preocupar com rotina de estudos, concentração e gerenciamento de tempo pode não funcionar.
Pensando nisso, nós trouxemos alguns conteúdos extras nesta seção.
Aqui você vai encontrar dicas sobre como gerir melhor seu tempo, um passo a passo de como montar uma rotina de estudos e um guia sobre como melhorar sua concentração.
Mas antes, vamos falar um pouco sobre como o nosso cérebro aprende e sobre como ele esquece.
Entenda como o cérebro aprende informações novas
Segundo uma teoria, existiriam cinco etapas na aprendizagem: compreender, reter, praticar, disseminar e criar.
Essas etapas poderiam ser aplicadas a qualquer tipo de aprendizagem, desde o estudo para o Enem até um bebê que dá os primeiros passos. Confira como funciona:
1 Compreender: aqui, seríamos expostos a uma informação nova e compreenderíamos que existe algo que nós não conhecemos.
2. Reter: nesta fase, nós conectamos essa informação nova a algo que já sabemos, relacionamos com uma informação já conhecida para conseguir reter
2 Aplicar: nesta etapa, colocamos em prática o que aprendemos e retemos. E por si só, essa fase é extremamente importante porque aplicar um conhecimento é metade do caminho andado para aprender uma informação nova.
3 Disseminar: aqui, nós falamos sobre essa informação nova com alguém, nós ensinamos alguém sobre aquele novo conhecimento e disseminamos a informação. Novamente, essa fase é extremamente importante porque ensinar é uma forma poderosa de aprender.
4 Criar: por fim, a última fase é criar algo novo a partir dessa informação nova.
Quando uma informação nova passa por esse filtro, seja ela um conteúdo de escola ou instruções de como dirigir, por exemplo, o cérebro marca esse novo conhecimento como algo valioso.
O que não chegar até a fase de criação, ou até mesmo à fase de aplicação, acaba sofrendo nas mãos da curva do esquecimento.
Este é um processo de eliminação de informações inúteis que o cérebro faz e foi cunhado em 1885 pelo psicólogo alemão Hermann Ebbinghaus.
O estudioso identificou que o cérebro dá preferência para memórias mais utilizadas e mais recentes. Ou seja, o que não se tornar valioso, é excluído.
Lembre-se disso quando estiver estudando para uma prova importante.
Passo a passo para criar uma rotina de estudos
Agora que você já entendeu como o seu cérebro faz para absorver informações, chegou a hora de aprender a importância de uma rotina de estudos e criar a sua.
Nosso cérebro gosta de informações valiosas e também gosta de poupar energia, o que significa que as coisas que não se tornarem hábito, ganharão menos esforço de concentração.
Por isso, é importante que o estudo seja um hábito na sua vida. Além disso, ter uma rotina de estudos ajuda a aumentar a produtividade e criar constância.
Veja um passo a passo de como criar sua rotina:
1 Identifique quanto tempo e quais os horários você tem disponíveis para estudar: como primeiro passo para montar um cronograma de estudos, é importante mapear quantas horas você tem disponíveis para estudar. É preciso ser audaz e realista. Ou seja, não superestimar nem subestimar suas capacidades.
2 Defina quais são as matérias a serem estudadas: também é importante definir o que será estudado. Pesquise as disciplinas necessárias, de acordo com o seu objetivo final e anote os pesos ou a frequência de cada matéria, se houver.
3 Defina um cronograma ou um ciclo de estudos: a recomendação é que você faça um cronograma de estudos baseado em ciclos de disciplinas, onde você intercala o que vai aprender em períodos ou dias da semana.
4 Imprima o cronograma ou desenhe em um lugar visível: Por fim, uma dica que não poderia faltar é que você imprima ou desenhe o seu cronograma de estudos em um cartaz ou folha a4 e fixe esse plano no seu ambiente de estudos, em um lugar de fácil visualização. Esse simples lembrete servirá como um guia durante a sua jornada de estudos, relembrando a ordem de disciplinas que você precisa estudar.
Dicas de como se concentrar nos estudos
Como dissemos acima, a partir do hábito dos estudos será mais fácil se concentrar. Porém, ainda existem algumas dicas que podemos dar.
Confira:
• Elimine suas distrações: desligue seu celular, tranque a porta do quarto, bloqueie sites e apps de redes sociais no seu computador, etc. Os dispositivos eletrônicos e a internet podem ser um obstáculo muito grande na hora da concentração, então evite-os sempre que estiver prestes a estudar.
• Prometa recompensas a você mesmo: uma ideia para se manter concentrado até terminar uma determinada tarefa é prometer a você mesmo que vai receber alguma coisa se concluir o que precisa. Pode ser um doce ou o episódio de uma série.
• Mantenha seu ambiente de estudos organizado: o local onde você estuda precisa estar à prova de distrações também. Então, faça questão de mantê-lo sempre limpo e organizado. Ver que sua mesa precisa ser limpa na hora de estudar pode estimular a procrastinação e você não precisa disso.
• Fique sempre hidratado e se alimente bem: essa é uma dica que não vale apenas para a concentração, mas para todo o processo de estudo. O seu cérebro precisa de nutrientes e de hidratação também, então coma comidas que estimulem o cérebro e beba água.
Como gerenciar melhor seu tempo
Essa é uma das maiores dificuldades de quem estuda sozinho porque gerenciar bem o tempo depende de autogestão e autodisciplina.
Por isso, existem algumas diretrizes na hora de organizar sua rotina para estudar:
• Bloqueie tempo na sua agenda para o estudo, nunca estude apenas no “tempo que sobrar”.
• Não desmarque esses compromissos da sua agenda, mesmo que estudar seja algo que você pode “compensar no dia seguinte”.
• Entenda o estudo como uma prioridade no seu dia, então organize suas outras responsabilidades ao redor dele no calendário.
• Quando estiver estudando, não use esse tempo para fazer outras tarefas. Por exemplo, se a máquina de lavar terminou o ciclo, apenas estenda a roupa depois do tempo de estudo. Se alguém enviou uma mensagem, responda apenas depois que o tempo de estudos acabar.
• Use aplicativos e métodos de gerenciamento de tempo a seu favor, como o Método Pomodoro. Ele pode ser usado em conjunto com o Método Robinson e é uma ótima maneira de aumentar a produtividade.